Leis dos Trabalhos





Cruz do Caminho, Ritual completo

Quando Lady, a Rainha Exilada, saiu da Grécia, tendo sido poupada sua vida por interferência de Pytia (uma das encarnações de Tia Neiva), como se revive hoje no Turigano, ela foi para um palácio na região do Delta do Nilo, acompanhada por seu marido, o Cavaleiro Reino Central. Ali, se dedicou à cura de todos os necessitados que a procuravam, dando-lhes abrigo, e marcando, na trilha, a entrada para o palácio, com uma cruz. Era a Cruz do Caminho! E, para ajudá-la, veio do Egito o grupo de sacerdotisas de Horus. Em Delfos, Pytia organizou as primeiras falanges missionárias - Yuricys, Muruaicys e Jaçanãs -, e providenciou para que, na Cruz do Caminho, começassem as Iniciações Dharman Oxinto, que significa A CAMINHO DE DEUS, entregues às sacerdotisas de Horus, que receberam o nome de Missionárias Dharman Oxinto. Por isso, na Cruz do Caminho, onde são manipuladas as energias dos Ramsés e do Povo das Águas, as Dharman Oxinto têm lugar de honra e guarda a Mãe Yemanjá. Segundo Tia Neiva, a Cruz do Caminho constitui-se no princípio de todos os Sandays, numa revelação do amor incondicional que permite a manipulação de tradicionais espíritos de uma velha dinastia. É algo maravilhoso e sublime, que faz com que daquele Castelo sejam, a cada dia, emitidas mais energia e mais luz! Ele se constitui numa verdadeira estufa de cura. Emite uma potente força giradora, fazendo subir a energia vital e descer a energia extraetérica, com predominância da Lua, mas com a participação do Sol, que chega ao plexo de quem estiver ali trabalhando, fazendo com que o médium possa captar heranças transcendentais. Pela força giradora a energia é emanada pelas vibrações para aqueles que precisam de ajuda, nos lares, nos hospitais, nos asilos, nos presídios e, enfim, onde estiver havendo a necessidade de uma força desobsessiva. O Cavaleiro Reino Central, que é o senhor da amacê da Estrela Candente, estruturava a Cruz do Caminho, onde era grande o número de guerreiros e cidadãos comuns, e todos eram espiritualizados e tratados por aquela ciência oculta que ele e sua querida esposa Lady manipulavam, buscando forças em diversos lugares, tais como no Egito e em Delfos, através de elipses e outros portais de forças. O Cavaleiro Reino Central se tornou um Grande Iniciado, com imensos poderes.Um dia, o casal recebeu a informação de que iriam ter uma nova fase, com a chegada, num futuro próximo, de um jovem par, que iria alterar as coisas na Cruz do Caminho.Numa região próxima, uma tropa mercenária estava acampada, sob o comando do Cavaleiro da Lança Vermelha, perto de um reino onde havia uma linda princesa. Ao se encontrarem, o Cavaleiro da Lança Vermelha sentiu que a princesa era sua alma gêmea, e surgiu uma grande paixão entre eles. O rei não concordou com aquele romance, e prendeu a filha no castelo. Fez atacas de ouro e as colocou nos pulsos da princesa, e aquelas atacas eram um pouco diferentes da que são usadas hoje, nesse trabalho, porque possuíam uma extensão que mantinha a princesa permanentemente atada a uma aia ou, para dormir, atada aos pés da cama. Angustiado e sentido pelo que faziam com sua amada, o Cavaleiro da Lança Vermelha passou o comando de sua tropa para um capitão de sua confiança, e penetrou no castelo, raptando a princesa, e foram se refugiar na Cruz do Ca minho, onde foram recebidos com amor e ternura pelo Cavaleiro Reino Central e sua amada Lady, que sabiam ser a princesa sua filha espiritual. Não havia como liberar as atacas da princesa, exceto a extensão, que foi cortada. Mas, mesmo com as atacas, a princesa e o Cavaleiro da Lança Vermelha se dedicaram aos trabalhos da Cruz do Caminho, com amor e ternura, conseguindo grandes realizações. Até que, um dia, chegou um componente da tropa do Cavaleiro da Lança Vermelha, pedindo que ele fosse o mais rápido possível socorrer seus companheiros de luta, que estavam passando por grandes necessidades com a falta do comandante. O Cavaleiro da Lança Vermelha partiu rapidamente, mas havia sido uma emboscada preparada pelo rei, pai de sua amada, que com seus guardas o capturou e o executou. Mas não chegou qualquer notícia ao Canal Vermelho, onde a princesa estava preocupada com o tempo que já se passava sem qualquer notícia de seu amado. A Espiritualidade bloqueou a verdade, porque, se ela soubesse da morte do Cavaleiro da Lança Vermelha, as suas vibrações o teriam mantido junto a ela. E isso não era do que ele precisava, pois tinha que evoluir em outros planos, portador de imensa força desobsessiva e espírito conquistador, o que o impediam de ficar na Cruz do Caminho.E foi o tempo passando, a princesa sempre na dúvida se ele voltaria... O que acontecera? Estava combatendo e se esquecera dela? E continuava seu trabalho, com toda energia e amor, até que, muito mais tarde, chegou o dia em que o Cavaleiro da Lança Vermelha, no plano espiritual, veio recebê-la aqui, e ela partiu, feliz e sem atacas, para a união final e definitiva com seu amor!... O ritual da Cruz do Caminho está no Livro de Leis, mas vale uma observação sobre o momento em que o comandante pede o cruzamento das morsas. Como não há incorporação, é preciso ser feito esse cruzamento para que os Aparás se conservem bem, pois é feita uma ligação invertida do Apará com o Doutrinador, isto é, um contato da mão direita de um com a mão direita do outro, o mesmo acontecendo com as mãos esquerdas. Isso seria feito pelo cruzamento unicamente das morsas que estão com o Doutrinador, que passaria a ponta de sua mão direita para a esquerda, e vice-versa, continuando a manter a co rrente normalmente.  Porém, vendo que a maioria não fazia direito essa parte, Koatay 108 instruiu para que fosse feita a troca das mãos. A partir de então, o Doutrinador passou a ter que observar melhor: ou cruza a morsa ou troca as mãos. Se cruzar a morsa e trocar as mãos, ele está mantendo a corrente aberta, e causando mal-estar ao Apará. Outro cuidado muito importante e que não está na Lei, é que, imediatamente antes de fazer o convite para a incorporação de Mãe Yemanjá, o comandante deve descruzar as atacas da Divina, para facilitar a manipulação das energias, pois essa Entidade abre muito os braços, o que não poderá fazer com as atacas cruzadas. No dia 30/abr/2003, foi realizada reunião de Sub-Coordenadores e Presidentes para a implantação, pelo Trino Ajarã, da 2ª Etapa da Unificação das Leis do Amanhecer, com a matéria aprovada pelo Trino Araken. A reunião foi gravada em fitas de vídeo e documentada em ata, para registrar e comprovar a veracidade das informações. Sobre a CRUZ DO CAMINHO ficou estabelecido: 

No Castelo do Silêncio o Comandante convida os participantes para formarem o cortejo (fora do Castelo) (Em reunião do Conselho de Trinos, em 28 de fevereiro de 2006, ficou estabelecido que as cortes dos participantes da Cruz do Caminho serão organizadas no Castelo do Silêncio obedecendo a ordem dos pares inscritos nas relações previamente preenchidas no livro existente no atendimento da Recepção, à entrada do Templo, a partir das 10 horas da manhã,  e conduzidas pelos recepcionistas. Sob nenhum pretexto poderá ser preterido um ou mais pares, e caberá ao Trino ou ao Adjunto Arcano, ou Presidente de Templo do Amanhecer, fazer a respectiva reserva de seu lugar entre os 14 pares participantes, sem qualquer autoridade para deslocar um par caso já esteja completo o número de participantes.)


OBS.: Em 6 de janeiro de 2005, em reunião com as Primeiras e Primeiros de Falange, o Trino Sumanã estabeleceu que somente podem ir duas de cada falange missionária, como especificado acima, e a corte que trouxe a Divina só chega até o portão, não entrando no Castelo da Cruz do Caminho.O Ariano se coloca atrás da Divina, o Comandante descruza as Atacas e volta à sua posição no centro do Aledá e emite: Salve Deus! (Emissão). Ó, Simiromba, meu Pai! Na força do meu Terceiro Sétimo, venho oferecer a energia magnética para a cura desobsessiva destes irmãos sentados à minha frente. Ó, Jesus! Sinto a grandeza do Espírito da Verdade, sinto que o poder da força absoluta, que vem de Deus Pai Todo Poderoso, vibra em nosso favor. Ministro (nome do ministro do comandante)! Este é o nosso momento preciso de formarmos o nosso mantra desobsessivo. Sinto que os poderes, silenciosamente, estão chegando. Somente Tua grandeza poderá distribuir toda a Luz desta manifestação! Concede-me, Jesus, esta graça necessária a estes irmãos sentados à minha frente! Em nome do Pai, do Filho e do Espírito. Neste instante, convido os mestres a cruzarem suas morsas para que a corrente magnética animal encontre a base inicial deste poder iniciático. Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo e de Deus Pai Todo Poderoso!  Neste momento, uma forte corrente magnética se manifesta nos Mestres Lua, porém sem incorporações. Caso haja pacientes na Seta, os Mestres Lua lá postados incorporarão seus Médicos de Cura silenciosamente. Os demais pares fazem o cruzamento das morsas (o doutrinador eleva as mãos e o Apará faz o cruzamento à frente). Após 3 minutos de manifestação da Corrente Magnética, o comandante agradece, falando:
LEI DA CRUZ DO CAMINHO – A Cruz do Caminho é um trabalho altamente iniciático, exigindo um perfeito ritual. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO: 14 mestres Sol ou ninfas Sol; 14 mestres Lua ou ninfas Lua; 1 mestre Sol Comandante (ADJUNTO); 2 Yuricys; 2 Muruaicys (Falange da 1ª Mestra Lua); 2 Yaytyana (Falange Dharman Oxinto); e 2 Jaçanãs. Em qualquer dificuldade, o trabalho poderá ser feito com somente uma ninfa de cada falange: Yuricy, Muruaicy e Jaçanã. INDUMENTÁRIAS: 1) Os mestres e ninfas deverão estar vestidos com suas morsas; 2) Os mestres e ninfas que forem fazer as invocações, como também a ninfa que for incorporar Mãe Yemanjá, deverão estar de indumentária, inclusive as ninfas terão o rosto coberto por um véu roxo, muito fino. DISTRIBUIÇÃO DOS MESTRES:  1) 7 mestres Sol seguram as mãos de 7 mestres Lua, sendo que os mestres Sol se posicionam de um lado e os mestres Lua do outro lado; 2) 1 mestre Sol e 1 mestre Lua se sentam ao pé da SETA. Nesta Seta deverá ser colocado um paciente. Lugar este reservado para pacientes que sofram de enfermidades, que tenham dificuldade de se sentarem. Porém, este paciente fica guarnecido por 1 mestre Sol e 1 mestre Lua e, caso haja necessidade, o mestre Lua poderá incorporar a sua Entidade de Cura; 3) Do outro lado, se posicionam 1 mestre Sol e 1 mestra ninfa Lua; 4) A ninfa Lua que for receber Mãe Yemanjá fica no Oráculo de Pai Seta Branca até que tudo esteja organizado na Cruz do Caminho, inclusive os pacientes acomodados. RITUAL: 1) O Adjunto Comandante toca a campainha, ordenando ao cortejo composto de Samaritanas, Nityamas e Magos, para que tragam a ninfa Lua que for incorporar Mãe Yemanjá. Esta ninfa deverá ter o rosto coberto. O cortejo deverá ser conduzido por um mestre Adjunto ARIANO. A ninfa para incorporar Mãe Yemanjá poderá ser das seguintes falanges: Muruaicy, Yaytyana e Jaçanã; 2) O Comandante recebe o aparelho de Mãe Yemanjá, acompanhando-a até o seu Trono; 3) Em seguida, começa o seu Canto: Salve Deus! Ó, Simiromba, meu Pai! Na força do meu Terceiro Sétimo, venho oferecer a energia magnética para a cura desobsessiva destes irmãos sentados à minha frente. Ó, Jesus! Sinto a grandeza do Espírito da Verdade, sinto que o poder da força absoluta, que vem de Deus Pai Todo Poderoso, vibra em nosso favor. Ministro .....! Este é o nosso momento preciso de formarmos o nosso mantra desobsessivo. Sinto que os poderes, silenciosamente, estão chegando. Somente Tua grandeza poderá distribuir toda a Luz desta manifestação! Concede-me, Jesus, esta graça necessária a estes irmãos sentados à minha frente! Em nome do Pai, do Filho e do Espírito.  Neste instante, convido os mestres a cruzarem suas morsas para que a corrente magnética animal encontre a base inicial deste poder iniciático. Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo e de Deus Pai Todo Poderoso! Então, uma forte corrente magnética, ou seja, o Povo de Cachoeira e as Sereias de Yemanjá se manifestam nos mestres Lua. OBSERVAÇÕES: Toca-se a campainha depois de 3 minutos de corrente. O Comandante agradece a presença do Povo de Cachoeira e das Sereias de Yemanjá. Silenciosamente, as Yuricys convidam o povo para tomar sal, perfume e a bênção de Mãe Yemanjá. A bênção é, apenas, uma reverência, abrindo os braços  em frente à Entidade. Enquanto tiver paciente no recinto da Cruz do Caminho, uma Yuricy forma o Canto do 3º Sétimo. Vai fazendo seguidamente o Sétimo, até a saída do último paciente. Depois que todos os pacientes se forem, os mestres agradecem a Mãe Yemanjá e a sessão fica no ar, isto é, não se fecha um trabalho destes, somente se agradece. As falanges serão escaladas para o trabalho, porém, podem se substituírem entre si. Salve Deus! Esta é a Lei da Sessão da Cruz do Caminho.” (Tia Neiva, s/d)
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    O Alabá é um trabalho realizado por sete dias, no período da Lua cheia, a partir das 18 horas, tendo, como missão maior, a harmonia dos plexos dos pacientes pela concentração da força de Olorum (*) através da manipulação dos Pretos Velhos e a presença dos Cavaleiros da Luz (*), especialmente a do Lança Vermelha, da Cura Desobsessiva. 
    É uma emissão muito poderosa, que beneficia também mestres e ninfas que participam do trabalho, trazendo a harmonização de seus espíritos e a recuperação de seus plexos físicos. 
    Seu ritual consta do Livro de Leis, tendo sido escrito por Koatay 108 em 7.12.84. 
    No dia 30/abr/2003, foi realizada reunião de Sub-Coordenadores e Presidentes para a implantação, pelo Trino Ajarã, da 2ª Etapa da Unificação das Leis do Amanhecer, com a matéria aprovada pelo Trino Araken. A reunião foi gravada em fitas de vídeo e documentada em ata, para registrar e comprovar a veracidade das informações. Sobre o Alabá ficou estabelecido:
    HISTÓRICO
    •    Alabá quer dizer: “Peço licença para entrar no seu Aledá”.
    HORÁRIOS
    •    Este trabalho deverá ser realizado a partir das 18h.
    CORPO MEDIÚNICO
    •    CONDIÇÃO MÍNIMA: O Mestre ou a Ninfa Sol deverá ter concluído a Centúria; o Mestre ou a Ninfa Lua deverá ter concluído a Elevação de Espadas.
    •    UNIFORME: Todos os participantes deverão estar de indumentária.
    •    PRISIONEIROS: Todos podem participar deste trabalho na roupagem de prisioneiros, exceto o Comandante. Prisioneiros anotam em seus cadernos 1.000 (Mil) bônus.
    FORMAÇÃO DO TRABALHO
    •    Este trabalho só poderá ser realizado em Templos que disponham de Corrente Mestra.
    •    O Alabá deverá ser realizado na Lua Cheia, durante 7 (sete) dias (veja Calendário distribuído pela Coordenação), com o mínimo de 7 (sete) pares e sempre na contagem ímpar de pares, podendo ter a participação das Nityamas, Gregas, Mayas e Magos.
    •    Nos dias de chuva este trabalho poderá ser realizado no Turigano ou em um local coberto, desde que não seja no interior do Templo.
    •    Os Mestres tomarão providências para o deslocamento das cadeiras e, por conseguinte, serão responsáveis pela guarda das mesmas após a realização do trabalho.
    •    O Grupo, no local, deverá formar uma elipse.
    RITUAL
    •    O Comandante faz a sua Emissão, o Canto da Individualidade (ou o Canto do Cavaleiro Especial) e o Canto de Abertura: 
    NESTA HORA PRECISA, VAMOS ASSUMIR A REALIZAÇÃO DESTE ALABÁ!
    QUISERA, JESUS, QUE AS FORÇAS BENDITAS DOS ENCANTADOS SE MOVIMENTASSEM  ATÉ NÓS! VIVEMOS A NOITE E O DIA. QUEREMOS AQUI EMITIR AS NOSSAS ENERGIAS PARA O CONSOLO DAQUELES, QUANDO DESESPERADOS, NOS PROCURAREM. SOMOS FÍSICOS E, HOJE, TRABALHAMOS PARA ELE: O FÍSICO!
    PEDIMOS À DIVINA ESTRELA DE SABAH, OS MANTRAS DA CURA DESOBSSESSIVA DO CEGOS, DOS MUDOS, DOS SURDOS E DOS INCOMPREENDIDOS! 
    EU ESTOU RODEADO PELO SER PURO, E NO ESPÍRITO SANTO DA VIDA, AMOR E SABEDORIA!
    EU CONHEÇO A TUA PRESENÇA E PODER, Ó, ABENÇOADO ESPÍRITO!
    A TUA DIVINA SABEDORIA AUMENTA SEMPRE A MINHA FÉ NA VIDA E NA TUA PERFEITA LEI! 
    EU SOU NASCIDO DE DEUS,PURO DOS PUROS, 
    E SENDO FEITO À TUA IMAGEM E SEMELHANÇA, SOU PURO.
    A VIDA DE DEUS É A MINHA VIDA E COM ELE VIBRO EM HARMONIA E INTEGRIDADE!
    O CONHECIMENTO DE QUE TUDO É BOM ME LIBERTOU DO MAL!
    EU SOU SÁBIO, POIS EXPRESSO A SABEDORIA DA MENTE
    E TENHO CONHECIMENTO DE TODAS AS COISAS...
    POR ISSO EU VIVO MEU DIREITO NA DIVINA LUZ, VIDA E LIBERDADE,
    COM TODA A SABEDORIA, HUMILDADE, AMOR E PUREZA...
    SOU ILUMINADO NAS MINHAS FORÇAS E VOU AUMENTANDO FORÇAS, 
    VIDA, AMOR E SABEDORIA... CORAGEM, LIBERDADE E CARIDADE...
    A MISSÃO QUE DO MEU PAI ME FOI CONFIADA!
    EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO!  SALVE DEUS!
    •    Em seguida o Comandante invoca a presença dos Pretos Velhos e, a seguir, nesta ordem, os poderes dos Cavaleiros das Lanças:
    1)    SALVE DEUS, CAVALEIRO DA LANÇA REINO CENTRAL, FORÇA ABSOLUTA QUE VEM DE DEUS PAI TODO PODEROSO!
    2)    SALVE DEUS, PRIMEIRO CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA, DA CURA DESOBSESSIVA DOS CEGOS, DOS SURDOS, DOS MUDOS E DOS INCOMPREENDIDOS!
    3)    SALVE DEUS, PRIMEIRO CAVALEIRO DA LANÇA LILÁS, DA CURA DO ESPÍRITO E DO CORPO FÍSICO!
    4)    SALVE DEUS, PRIMEIRO CAVALEIRO DA LANÇA RÓSEA, DO AMOR INCONDICIONAL!
    5)    CAVALEIROS DA LUZ! EMITAM SUAS FORÇAS EM FAVOR DESTE ALABÁ, EM FAVOR DESTES IRMÃOS, ENCARNADOS E DESENCARNADOS QUE TIVEREM A OPORTUNIDADE DE PASSAR POR AQUI. SALVE DEUS!
    •    Enquanto os Pretos Velhos trabalham, os demais Doutrinadores fazem suas emissões e cantos, iniciando pelo lado de maior quantidade, intercalando os lados, formando uma rede magnética.
    •    Os Mestres e Ninfas Sol emitem, fazem o Canto do Cavaleiro Especial e o Canto do Alabá. O Representante do 1º Cavaleiro da Lança Vermelha emite o Canto do Lança Vermelha:
    SALVE DEUS, JESUS DIVINO E AMADO MESTRE! 
    PARTO COM -0- (emissão) PORQUE -X- VOS PERTENCE!
    RECEBO DE VOSSA MERCÊ O DIREITO DESTA CONVOCAÇÃO,
    NA ABERTURA DE NOSSAS HERANÇAS, VINDAS DO SAUDOSO VALE DOS REIS.
    Ó, JESUS, ESTA É A HORA QUE FALO, EU, PRIMEIRO CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA, 
    DO PODER DESOBSESSIVO DOS CEGOS, DOS MUDOS E DOS INCOMPREENDIDOS.
    ATENDERÃO AO MEU CHAMADO DO MEU MESTRE,
    NA REAL SINTONIA DESTE AMANHECER, E LEVAREI, 
    NA FORÇA ABSOLUTA DO PODER MAGNÉTICO QUE ME COMPETE, 
    PORQUE, JESUS, EU SOU NASCIDO DE DEUS, PURO DOS PUROS, 
    E SENDO FEITO À SUA IMAGEM E SEMELHANÇA, SOU PURO!
    A VIDA DE DEUS É A MINHA VIDA, E COM ELE VIBRO EM HARMONIA E INTEGRIDADE.
    Ó, PODER! Ó, PERFEIÇÃO! NESTE BENDITA HORA, EU PEÇO A FORÇA DE AKINATON E AMON-RÁ!
    QUE SUAS BÊNÇÃOS, SUAS HERANÇAS, SE CONVENÇAM EM NÓS!
    E POR ESTA SIMPLICIDADE QUE TEMOS EM NOSSOS CORAÇÕES, EMITO ESTE MANTRA:  (PAI NOSSO)
    QUE EM FAVOR, ABRO A MINHA EMISSÃO, PEDINDO QUE SIGA NA SINTONIA
    DOS QUE DE MIM NECESSITAREM: EU, (emissão).  SALVE DEUS!

    •    A cada paciente que se propor aos benefícios do passe, o Mestre Doutrinador(a) solicita ao mesmo que informe seu nome e idade à entidade. Em seguida o doutrinador informa o nome da entidade que se encontra incorporada no aparelho
    •    Enquanto estiver havendo as emissões, o paciente pode tomar mais de um passe.
    ENCERRAMENTO
    •    Quando o Representante do Cavaleiro da Lança Vermelha inicia a sua Emissão, os recepcionistas ou auxiliares devem providenciar para que outros pacientes não entrem na elipse.
    •    Os pacientes que ainda se encontram na elipse, deverão ser atendidos pela entidade da fila em que se encontram e, em seguida, liberados.
    •    Após as desincorporações, o Comandante agradece e, acompanhado pelos mestres, faz a Prece Simiromba.
    OBSERVAÇÕES
    •    Estando no Comando um Adjunto Arcanos, os Mestres e Ninfas Sol deverão registrar no final das suas  emissões “...Em missão especial do Adjunto...”, caso não seja seu Adjunto Maior.
    •    Após a abertura, os Mestres (Lanças) não devem ser molestados (em especial o Comandante e o Lança Vermelha) pois os mesmos além de estarem de honra e guarda do mentor, precisam manter a sintonia perfeita para a sustentação das emissões.
    •    Um ou mais Mestres recepcionistas deverá ser colocado à disposição do trabalho para coordenar e prestar esclarecimentos aos pacientes.
    •    O Comandante, além do atendimento nos locais já estabelecidos, poderá deslocar a Corte para outros locais do Vale (como é feito no Abatá).
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    Adjunto Arcanos


    Quando Tia Neiva foi preparada na Alta Magia, foi levada por Humarram ao Oráculo de Simiromba e ali recebeu o direito de trazer a Estrela Candente e de formar os Trinos, que seriam os representantes das nossas Raízes, o que se seguiu da ordem superior para fazer os Adjuntos.

    A formação de Adjuntos Koatay 108 (atualmente Adjuntos Arcanos) foi feita para estabelecer uma hierarquia dentro da Corrente, um elo de sustentação das forças, cada um recebendo sua consagração que o ligou a um Ministro.
    Passou, assim, a se constituir no poder  básico da Corrente do Amanhecer, sendo seus componentes integrados pelos médiuns - Doutrinadores e Aparás - que a ele devem filiar-se após a Consagração da Centúria, conclusão do Curso de Pré-Centúria. Os Adjuntos Presidentes de Templos Externos já compõem seu povo com a totalidade dos médiuns locais.

    •    “Sabendo que tudo que atinge a Humanidade tem a sua Raiz ou Adjunto, que trabalha distintamente em seus Oráculos, em sintonia cabalística, vamos, meu filho, penetrar no mundo encantado de Simiromba, nosso Pai e de seus Ministros. 
    Removendo séculos, encontraremos, dos nossos antepassados, suas heranças nos destinos que nos cercam: você, meu filho, denominado ADJUNTO DO JAGUAR, ORÁCULO DO AMANHECER!”  (Tia Neiva,  1.9.77)

    A CONSAGRAÇÃO
    No dia 1º de maio de 1978, na Estrela Candente, foram consagrados os Adjuntos Rama, e, em 23 de julho do mesmo ano, foram consagrados os povos dos Adjuntos Koatay 108 - Arjuna-Rama -, que receberam também a sua Lei, em ritual feito por Tia Neiva, realizada na Cabala especialmente construída para sua realização, junto à Estrela Candente. 
    Nas explicações sobre o ritual, Koatay 108 esclareceu:
    •    “Uma grande tribo partia para a guerra de suas novas conquistas quando um despertar de amor a fez voltar até o Santuário, pedindo a Amon-Rá que abençoasse aquele povo.
    Esta Iniciação, atravessando séculos, chegou até aqui! 
    Arjuna-Rama entra no Oráculo - ou Santuário, com uma lança na mão, escoltado por ninfas Dharman Oxinto. 
    No portão do Santuário pergunta à I Solitária Yuricy se pode se espiritualizar. Esta vai à presença do Sacerdote, que está com os poderes de Koatay 108, que lhe responde: se for por bem, diga-lhe que entre! 
    Ele entra e recebe os poderes que lhe são merecidos, sal e perfume, pelas seguintes palavras: EU TE CONSAGRO KOATAY 108! 
    Em seguida, toma o vinho e vai até o Trino, que lhe concede a graça pedindo que traga à sua frente o seu povo, a sua tropa, como disse Amon-Rá, fazendo daquele valente comandante de outrora um Arjuna-Rama. 
    Depois do consentimento do Trino, volta ao Santuário, onde Koatay 108 ou seu representante lhe dará a Lei, que significa o Roteiro de sua Jornada. 
    Com a mudança de seus sentimentos, vai pedir outra vez a Koatay 108 para espiritualizar seu povo, que entra no Santuário e se espiritualiza. Arjuna-Rama recebe o sal e o vinho e, em frente aos seus Capu-Anês - Sétimos Raios - faz, de joelhos, seu termo: o Juramento. 
    Então, segue com o seu povo”.  
    (VEJA: RECONSAGRAÇÃO)

    O JURAMENTO DO ADJUNTO

    •    “Salve Deus! Ó, Jesus, nesta bendita hora, em que as forças se movimentam para consagração deste meu sacerdócio, eu, o menor de teus servos, ponho em Tuas mãos os meus pensamentos e todo o meu amor, para que a força suprema do Mestre Jaguar possa dominar todo o meu ser. 
    Jesus! Remontando séculos, chego até aqui para cumprir as Leis do Amanhecer.
    Oh, Deus Onipotente, criador de todo o Universo! 
    Eu, Jaguar (...), acabo de receber de minha Mãe Clarividente este sacerdócio, que me levantará o título de (...), na Linha de (...), e a força se fará dentro de mim, para que eu possa cumprir os encantos do Amanhecer. 
    Jesus, que o meu Sol Interior não se afaste do Teu! 
    Resplandeça, sempre, a luz da caridade e do amor! 
    Que a tolerância e a humildade encontrem acesso em todo o meu ser! 
    Confiante nos poderes dos Grandes Iniciados, não me faltará o raio resplandecente dos Ramsés e Amon-Rá.
    Raio de Araken! Poder de Aton! Oráculo de Simiromba! Aqui, de joelhos me prostro aos Teus pés, seguro pelos laços da Alta Magia de Nosso Senhor Jesus Cristo, na esperança de uma Nova Era. 
    Neste instante, me sinto consagrado pela força dos encantos do Amanhecer e, de ombros erguidos, seguirei minha jornada. 
    Salve Deus, minha Mãe Clarividente! 
    Juro seguir o teu roteiro nesta caminhada para um rico Terceiro Milênio, doutrinando, emanando e curando, transformando a dor no caminho de nossa evolução. 
    Cuidarei, com respeito, desta Seta Imaculada que cultivaste em teu seio, há vinte anos, para me fazer (...). 
    Eu, Mestre Jaguar desta congregação, a tua bênção, minha Mãe! 
    Com ternura, prometo: Ninguém jamais poderá contaminar-se por mim! 
    Salve Deus!”
    LEI DO ADJUNTO

    •    “O Adjunto tem toda a regalia na Doutrina e em suas inovações que quiser. Porém, tem que respeitar as Leis e os regulamentos internos. Sendo Adjunto, seus direitos envolvem todos os trabalhos existentes na Corrente Indiana do Oriente Maior, na Linha do Amanhecer, quero dizer: Linha Iniciática. 
    A Corrente Mestra vem da Corrente Indiana do Oriente Maior. Simiromba é a junção de sete Raízes universais. Quando Simiromba se desloca, na sua ordem vão também se deslocando as Raízes, segundo sua necessidade, porque, filho, saiba pois, que as forças não se deslocam em vão. 
    Segundo posso explicar, cada Raiz tem o seu conceito, porque atrai sempre a origem. É uma honra atender a Simiromba! Por conseguinte, há, inclusive, precisão na escolha ou na necessidade. 
    Os Grandes Iniciados são precisos. Posso afirmar que há, inclusive, uma técnica. Eles não deslocam uma força indevidamente e, por isso, não devemos invocar. Invocamos sem saber o que merecemos. Porém, eles sabem, com precisão, do que precisamos. 
    Uma Raiz é algo, por exemplo, como um estado de acomodação de forças em movimento de destaque. Podemos considerar que as Raízes foram formadas pelos Grandes Iniciados na Terra, assim como nós estamos tentando homogeneizar a Raiz do Amanhecer, bem como, também, uma contagem para um Adjunto. 
    Uma contagem só se forma pelos seguintes médiuns: Orixá, na Linha Afro, Arjuna-Rama, na Corrente Indiana, que tem como sinônimo o Primeiro Sétimo, Adjunto Koatay 108 Arjuna-Rama (tradução: Multiplicação Divina); VII Raio - D’Havaki Gita (tradução: Ilimitado); VI Raio - D’Hira (tradução: Continuação). As Ninfas Sol Yuricy são as ninfas classificadas para as invocações e consagrações.” (Tia Neiva, 23.7.78)

    •    "O Adjunto tem, por obrigação, registrar em sua Lei um RETIRO, que seja evangelizado e comandado por ele mesmo, pelo menos uma vez por mês. Razão pela qual um Adjunto é um médium perfeito. 
    Para ser perfeito e conhecer a Lei do Auxílio em todos os ângulos, o mestre que não comanda o seu Retiro perde a seqüência de sua sintonia direta. O mestre não pode se ausentar das constantes sintonias diversas, como também, sendo um Adjunto, fica sem moral diante de um menor, o que não deve. 
    O Adjunto tem que ser completo em todos os setores, apesar de sua obrigação nos Retiros. O Adjunto deve escolher um dia que lhe convier para realizar o seu Retiro.(...) 
    Os Adjuntos devem ser muito humildes e decisivos, porque, sendo um homem de força e poderes iniciáticos, pode receber, inclusive, vibrações que venham a formar uma FORÇA ESPARSA." (Tia Neiva, 18.2.79)

    •    “Desejo-lhe um próspero ano novo, ano de progresso, ano de amor, com harmonia em todos os sentidos, na vida e na morte. 
    Saiba, pois, que tua vida, num conjunto de harmonia, se estende na melodia universal, sendo do físico ao etero-magnético, sempre conquistando, sempre descortinando tudo aquilo que traduz vidas em seus mistérios. 
    Fostes colocado Adjunto, na força vingadora de KOATAY 108, para a grande revelação de um mundo em desenvolvimento. 
    Desejo, filho, que as forças dos encantados rebrilhe sobre teu Sol Interior, dispondo-se no Terceiro deste Sétimo. 
    Ninguém deverá conhecer o manejar de tua espada. Ninguém poderá arrebatar do teu punho os mantras silenciosos que arrancaste do seio de tua Mãe KOATAY 108. 
    Mestre Jaguar, é chegada a hora! As forças se movimentam nos três reinos desta natureza. Os planetas já se destinam em direção de tua orbe. 
    Marche, filho, portanto, com este objetivo, desta estrada culminante na lei de auxílio. 
    Filho... Filho querido do meu coração, filho de Esparta , Jaguar  Rama 2000, que na regência de um povo seguirás impune, mesmo que seja preciso atravessar o vale das sombras da morte. 
    Jesus, o sol da vida, emitindo sobre os Raios de Araken irá despertar os seres que ora ainda vivem sob os vossos pés, sempre confiante em teu amor, filho meu. 
    Sob o azul do céu, mantras, mil mantras, que virão como espadas luminosas, colocar-se-ão ao teu punho, filho meu, para que possas levantar do teu pé o Homem arraigado em sua terra natal. 
    A raiz que ainda não se transformou em gota medicinal, a roseira que ainda não brotou a sua rosa..., a palmeira que soube balançar as suas palmas... Emitir o sol, a ave do inverno que não pode revoar... a terra arada que ainda não teve forças de vingar sua semente..., o homem que ainda não recebeu a sua graça. 
    Tua missão, teu sacerdócio exige tudo que disse acima, o que ainda não é tempo de dizer. 
    Todo amor nesta marcha , neste NOVO AMANHECER, que depende de conheceres a ti mesmo, para melhor emitires a humildade, a tolerância e o amor, que  é a Lei de tua regência. 
    Todo o universo ouve o teu sagrado juramento, que fizeste com as seguintes palavras: Oh, fira-me quando o meu pensamento afastar-se de ti. E mais, ao tomar o cálice: Este é o teu sangue! Ninguém jamais poderá contaminar-se por mim. De Deus terás tudo por estas  palavras. 
    Teu PAI SETA BRANCA, em CRISTO JESUS, SIMIROMBA, também em teu amor. 
    (30 DE DEZEMBRO DE 1978)
    SIMBOLISMO DOS ADJUNTOS KOATAY 108

    •    “A jumba representa a força decrescente: pelo lado direito, contamos com os Sétimos decrescentes; pelo lado esquerdo, os VI Raios vibratórios; as duas do meio representam o poder giratório de Koatay 108 na Linha de Simiromba. 
    Os Sétimos Raios se representam na pluma que está equilibrando a ponta do Radar. As duas luas representam as duas forças energéticas do nosso planeta - o Sol e a Lua - no simbolismo de Adjuração e Ajanã, com a Cruz de Ansanta em frente, de pé, representando os três mistérios da Divindade. 
    A Cruz de Ansanta é a Chave da Vida e, também, a Chave do Vale dos Reis, de Ramsés, de Akinaton e Amon-Rá, trazido pelo Trino de Ireshin, onde se formou o Adjunto de Jurema. 
    Os olhos traduzem visão ampla, clareza. 
    Os raios, a força decrescente dos Grandes Iniciados de Araken. 
    O escudo com duas espadas - a Espada do Bem e a do Mal. 
    O Sol Simétrico representa a força da Corrente Indiana do Oriente Maior. 
    O livro e a pena, a Ciência e a Sabedoria. 
    A taça, a força iniciática do Prana. 
    O negro, o simbolismo da força oculta do pensamento.” (Tia Neiva, s/d)

    OS PODERES DE UM ADJUNTO KOATAY 108



    •    “Ministro, Legião, Terceiro Sétimo, força vibradora. Digo, força vibradora decrescente giradora. Força decrescente que se desenvolve pela energia dos grandes atributos da Terra. São forças que se desagregam e se emitem em outras legiões. 
    Em Koatay 108 percorre a necessidade onde cabe chegar a evolução de cada Adjunto que ainda pertence à Terra (não é preciso dizer que ainda pertence à Terra: falando em Koatay 108 falamos em Adjuntos nos carreiros terrestres). 
    As legiões, onde seus Ministros consagram um Adjunto aqui na Terra, são responsáveis por ele. Sim, desde que ele (Adjunto) disponha de uma força decrescente. Porque o Adjunto Koatay 108 dispõe de uma energia que é designada a grandes fenômenos extrasensoriais. 
    Esta força se expande porque o Adjunto Koatay 108 gera do Primeiro para o Terceiro. Digo: Primeiro para o Terceiro é força decrescente. Por conseguinte, gera força energética. Energética é força de energia vital ou força do Jaguar. 
    Essa energia é uma força, quando emitida em um ritual religioso - a força do Jaguar!  
    Falando-se em energia, devemos saber que há poucas espécies de energias.
    Energia, como se sabe, só o Homem na Terra dispõe. Sim, energia! Tudo é energia. Não há boa nem má - ela existe. Depende de seu estado, da natureza, da hora, de quem e como emite a energia. 
    A energia que sobe do Primeiro para o Terceiro Plano, que eu conheço pelos meus olhos de clarividente, é única e exclusivamente a do Jaguar Consagrado, que emite até sua Legião, na Linha do Auxílio, para beneficiar outros da mesma tribo. 
    Isto é, a energia que o Mestre Jaguar desenvolve na emissão, ou melhor, emite em seu canto, é captada nas pequenas estações de sua Legião para servir em socorro dos grandes vales da incompreensão, dos necessitados em Cristo Jesus. 
    Esse pequeno posto que eu, Jaguar, emito, é o meu Terceiro Sétimo, é o que é MEU. É  do que dispõe a minha abertura e a dos demais que precisam de mim, digo, em nome de qualquer emissão de um mestre consagrado. 
    Toda força decrescente de um Adjunto segue pelo que é SEU, o SEU Aledá, o SEU posto de receptividade na linha do SEU Adjunto. 
    Se eu tiver - EU - 7 Raios na Linha de Koatay 108, em minha linha decrescente autorizada, crio, aos poucos, a minha estação, o QUE É MEU, o que cabe, por Deus, aos meus esforços, ao meu amor, ao meu plexo em harmonia. Isto é o meu pequeno ALEDÁ, que servirá aos meus dependentes num mesmo conjunto de forças. Um só Aledá, de pequenas estações, na proporção do meu amor e na harmonia dos três reinos de minha natureza, que é o meu SOL INTERIOR. 
    Na conjunção de um Adjunto, vou também emitindo e edificando a minha estação, o meu Aledá. Por que - podem perguntar - somente um Adjunto consagrado em seu povo decrescente? Porque somente um povo decrescente consagrado em uma força  poderá emitir a sua energia no que É SEU! Digo, no posto, na legião originalizada, na amplidão do que é seu, o seu Aledá, o seu Terceiro Sétimo. 
    Não há condições de um mestre, sem as suas devidas consagrações, atingir o seu Terceiro Sétimo. As hierarquias o obrigam, uma vez que tudo é Ciência, precisão e amor. Mesmo porque a receptividade ou energia dessa natureza, na qual estamos, é extraída da força extra-cósmica que reina nos três reinos de nossa natureza. 
    O ectoplasma a envolve, dando a faculdade para ultrapassar as barreiras do neutrom e chegar ao reino prometido. 
    Não há fenômenos sem a causa porque não há causas sem o fenômeno! 
    E, dentro destes princípios, pensamos que valem a pena nossos esforços. O menor trabalho de um Adjunto é esse, que vemos, a olho nu, aqui no mundo físico. 
    A grandeza, mesmo, é o que os meus olhos de Clarividente, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, tem registrado: são as chegadas dessas forças nas origens, onde quer que haja necessidade. Porque essa força - ENERGIA VITAL - é a libertação do espirito a caminho, é o alimento que arrebenta as correntes dos acrisolados, das vibrações da Terra.”  (Tia Neiva, 9.10.79)

    AS OBRIGAÇÕES DE UM ADJUNTO



    •    “Filhos, jovens Adjuntos Koatay 108! Adjunto é um governo. Ele governa pelo amor e pela justiça, dando-se a cada um segundo as suas obras. 
    Se o Adjunto irradia amor, ele entra no Primeiro Ciclo; se ele emite o seu desequilíbrio, afasta-se do Ciclo.(...) 
    Sim, meu filho, Adjunto Koatay 108: há três graus de hierarquia, como há três portas no Templo! Há três Raios de Luz, há três Forças da Natureza. Estas forças são governadas pela Justiça e pela Ordem, dando a cada um segundo as suas obras. 
    O Templo é a realização da Verdade e da Razão sobre a Terra. Por ele o Homem domina a Ciência e, pela Sabedoria, emana seus conhecimentos. 
    O teu padrão, meu querido Adjunto, é o princípio e o fim de tua obra, de tua missão!
    Entenda, filho, que havendo à tua frente três hierarquias, três raios de forças desiguais, tu só as manipulas pelo teu sábio comportamento, isto é, as forças vêm ou chegam cruas para serem preparadas e distintamente manipuladas. (...) 
    Filho, na Lei do Auxílio, quando não conhecemos as Ciências Ocultas, por estar na Linha da Caridade, achamos que nada nos acontece. 
    Nem tanto, filho. Juramos uma Ciência, e nada acontece sem razão. 
    A Ciência Oculta é indispensável no teu caso, meu filho Adjunto, para melhor esclarecer a Ciência da vida fora da matéria. (...) 
    Meu filho Ajunto Koatay 108: sem a pretensão de te fazer um monge ou um robô místico, vou te descrever as pequenas obrigações de um ATIVO ADJUNTO:

        Tornar-se um perfeito cavalheiro e aprender a dar o devido respeito aos outros.
        Não passar simplesmente de um religioso acomodado nas maravilhas do misticismo.
        Aprender a ser  tolerante, mesmo diante da provocação dos seus colaboradores.
        Seguir os princípios do Santo Evangelho e de suas revelações, fixando-se nas comunicações reveladas.
        Não causar ansiedade para os outros pelas ações de teu corpo, pelos pensamentos de tua mente ou por tuas palavras.
        Não se identificar falsamente com grosserias, fazendo-se de melhor, abusando de tua autoridade.
        Não se apegar a nada que te faça sofrer.
        Procurar assumir teu compromisso de família com amor, mesmo à distância dos mesmos, ou quando, por incompatibilidade, te afastares da esposa e dos filhos.
        Discernir entre o que é importante e o que não é; ser firme como uma rocha quando à tua frente tiver que decidir entre o Bem e o Mal. Esforçar-se para averiguar o que vale a pena ser feito, não usando, em vão, as tuas armas.
        Não entregar tua alma à fatalidade, que é a verdade infernal, possessões da fatalidade das almas enfraquecidas, sem fé em Deus. Estamos com duas espadas com que podemos nos defender. Filho, o segredo das Ciências Ocultas é o da Natureza mesmo. É o segredo da geração dos Grandes Iniciados e dos mundos de Deus. Os grandes talismãs da Vida, a substância criada, é chamada ATIVIDADE GERADORA. A manipulação do fogo na mirra, sal e perfume.
        Evitar a disciplina relacionada com os outros. Lembra-te, sempre, que enquanto tiveres um corpo material terás que enfrentar as forças do teu plexo físico: nascimento, velhice, doença e morte. Não devemos pagar nada além das necessidades da vida física.
        E, para melhor servir em tua hierarquia, criar uma personalidade em frente das três portas da Vida Iniciática, sem ironia, com distinção do que respeita, amando!”  
    (Tia Neiva, 17.5.78)

    •    “O Adjunto tem por obrigação registrar em sua Lei um Retiro, que seja evangelizado e comandado por ele mesmo, pelo menos uma vez por mês, razão pela qual um Adjunto é um médium perfeito. Para ser perfeito, é preciso conhecer a Lei do Auxílio em todos os ângulos, pois o mestre que não comanda o seu Retiro perde a seqüência de sua sintonia direta. O mestre não pode se ausentar das constantes sintonias diversas, como também, sendo um Adjunto, torna-se um mau exemplo para um componente. 
    O Adjunto tem que ser completo em todos os setores. Apesar de suas obrigações nos trabalhos, deve escolher um dia para realizar o seu Retiro. 
    Filhos, hierarquia foi do que avisei! 
    Somente o Adjunto pode remover seus mestres e promover eventos, ou, sabe Deus, o que lhe convém. 
    Em iminência de fatos contrários à Doutrina, princípios sociais do Templo ou na conduta doutrinária, os Trinos Presidentes estão autorizados por mim, na figura de Koatay 108, a impedir ou mudar uma ordem de um mestre Adjunto.”   (Tia Neiva, s/d)

    O POVO  e  O ADJUNTO ARAUTO

    •    “As incumbências de um Adjunto Koatay 108 são algo de séria importância, não havendo meio termo.
    Por exemplo: um POVO! 
    Além do já descrito para um Adjunto sobre seu povo e suas responsabilidades doutrinárias e sua conduta espiritual, o povo de um Adjunto não deve ser  tão somente dinâmico, mas sim um povo em harmonia doutrinária, deixando de se preocupar com a posição que poderia desenvolver os seus Sétimos. 
    Meus filhos, reparei neste erro quando os vi sentados para atender a pequenos caprichos dos seus Sétimos, antes de se harmonizarem com seus Sextos Raios, seus padrinhos, bem como com suas Yuricys, suas Jaçanãs, suas Dharman Oxinto, suas Samaritanas, seus Comandantes Janatã, e assim por diante. 
    Sim, seus problemas espirituais, seus grilos, seus conflitos, seus clamores, suas dores... sem participar, é claro. 
    Com este mesmo espírito, meu filho Adjunto Koatay 108, eu quero lhe fazer entender o que é um Arauto. 
    O Arauto é um Adjunto Koatay 108, com todas as regalias de um Adjunto, seu Ministro, sua cassandra, sua posição nas filas extras. O Arauto pode ocupar a cassandra de outro Arauto, isto é, Cassandras Ilimitadas, porque as outras já foram feitas para o Adjunto de povo. 
    O Adjunto Koatay 108 Arauto é um Adjunto à espera da grande oportunidade de fazer seu povo, em qualquer tempo que lhe convier. O seu povo se limita aos seguintes Mestres: Padrinhos e sua escrava; uma Yuricy, uma Dharman Oxinto; uma Samaritana; uma Jaçanã; um Comandante Janatã; dois Magos e uma Muruaicy, todos podendo sentar em sua cassandra.”  (Tia Neiva - s/d)


    ADJUNTO KOATAY 108 TRIADA HARPÁSIOS


    •    “Filho: Partindo nessa missão absoluta que Jesus está nos enviando, me agrada dizer que tudo o que temos parte da compreensão dos três reinos de nossa natureza: humildade, tolerância e amor! 
    Hoje, filho, para a minha realização, te vejo recebendo esse diploma abençoado e trabalhoso, porém não sofrido, mas feito de pérolas das minhas mãos. Este rico Aledá que hoje te entrego, com os mesmos ensinamentos e na proporção... 
    Filho Koatay 108, energia cósmica que, após esta consagração, estará dentro de ti, te dando vida e força. 
    Sim, filho, uma força inesgotável! Desperta, filho, para a verdade superior. Não te iludas, Adjunto Koatay 108: busque incessantemente as coisas duradouras! 
    O teu dever é espalhar ao teu redor alegria, otimismo e caridade. 
    Tolerância e amor são o teu lema, são a tua base eterna. 
    Sejas tu mesmo a acender o teu Sol Interior, fazendo iluminar o teu Aledá, onde abrigaste a Centelha Divina. Porque recebestes na seqüência o Mantra de Koatay 108.
    Portanto, tu poderás dominar as rédeas dos teus atos. 
    Busque dentro de ti mesmo a luz da compreensão, sabendo constantemente assimilar a dor. 
    Sejas, exatamente, o que tu desejas ser. Não tentes te trair e nunca tentes, também, andar pelas sombras se, um dia, por vaidade, fizeres o mal ou traíres a tua tribo. 
    Sentirás, então, chorar copiosamente o teu próprio EU, de arrependimento e frustração. 
    Sim, filho, serão necessários os teus sacrifícios. 
    Em Cristo Jesus, terminarão de vez as pequenas desarmonias. 
    Procura sintonizar-te com a voz que te chama desde as Legiões! 
    Tenha a coragem da grandeza do espírito da verdade. 
    Sim, filho, não se exige bastante estudo para seres um Koatay 108. 
    Foi dito que a caridade trata apenas dos efeitos da pobreza e não da causa. Não acreditamos no tratamento do efeito e, sim, cremos no tratamento da causa. 
    Nunca te deixes confundir entre Cultura e Sabedoria. A Cultura atinge os nossos olhos e a nossa mente, enquanto que a Sabedoria atinge os três plexos, o nosso Sol Interior e o nosso coração. 
    Filho: o Adjunto Koatay jamais deverá pesar os valores intelectuais, a beleza ou a riqueza.”  
    (Tia Neiva, 18.9.83)

    •    “Lembremo-nos sempre que estamos a remover séculos em busca das Raízes que deixamos e abraçamos o que deixaram os nossos antepassados nos altos planos dos céus: eis a única forma de favorecermos a paz em nossos corações. 
    Todos juntos, formamos uma grande força - formamos um Continente! Todos com suas atribuições e deveres, assumimos, por amor, esta singular missão, e é impregnado do mais puro amor incondicional que cada um deve respeitar a individualidade dos outros, uma vez que Lei é Lei, e ela existe para todos. Somos Jaguares do Terceiro Milênio, meus filhos, e o que transmito a vocês eu recebo de Deus, do Pai Seta Branca, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Adjunto Koatay 108, Herdeiro Triada Harpásios, 7º Raio Adjuração Arcanos Rama 2.000 tem maiores poderes e de seu plexo saem focos luminosos de luz curadora e desobsessiva. Dependendo de sua mente, de sua sintonia, de sua conduta e do amor, humildade e tolerância, poderá emitir sua Força-Luz por todo este Universo, em Cristo Jesus. Realizará curas e dará paz aos desesperados apenas à sua passagem! Somente o amor e a humildade tornam o Homem iluminado! Este é o verdadeiro Mago do Evangelho, este é o meu verdadeiro filho! Este é o meu Adjunto Koatay 108, Herdeiro Triada Harpásios, 7º Raio Adjuração Arcanos Rama 2.000!” (Tia Neiva, 8.10.85)

    O CONTINENTE


    •    “É chegada a hora de uma reestruturação, de se conhecer o nosso povo e saber as armas que temos, o que na realidade temos em mãos. 
    A princípio, eu quero explicar os poderes e a missão que tem o Adjunto Koatay 108 Herdeiro Triada Harpásios Sétimo Raio Arcanos Adjuração, Rama 2000. 
    Cada Adjunto tem a sua missão específica, sua ordem e sua partida, o que vai aumentar mais ainda a sua responsabilidade perante o seu povo. Deve ter o máximo de preocupação com a Conduta Doutrinária do seu povo, transmitindo, sempre, a Doutrina do Amor, da Humildade e da Tolerância! 
    Um Adjunto deve estar apto para qualquer eventualidade, podendo dispor de um mestre que não seja seu componente. Este mestre fará sua emissão sem se afastar de seu Adjunto Maior, emitindo, no final: “Em missão especial do Adjunto... (nome do Adjunto a quem ele está a serviço)”. 
    Por exemplo: o Adjunto Yumatã, mestre Caldeira, necessita cinco Cavaleiros da Lança Verde para determinado trabalho. Não havendo número suficiente de seus componentes, convidará mestres de outros Adjuntos para completar os cinco. Esses mestres estarão, então, “Em missão especial do Adjunto Yumatã”. 
    Todo Jaguar é um continente. 
    Se for solicitada a presença de um mestre para a realização de um trabalho dentro da escala do Primeiro Mestre Jaguar, será uma ordem! 
    Um Ministro, ou melhor, o mestre de um Ministro deve ser atendido imediatamente. Está, então, formada sua força decrescente, seu continente. 
    É muito importante que haja perfeita harmonia entre todos os mestres, porque seus poderes vão além da missão de que dispõem naquele momento. Envolvem as forças iniciáticas de outros Ministros, permitindo a realização de verdadeiros fenômenos desobsessivos, da cura do plexo físico e espiritual. 
    Há, também, a responsabilidade material das coisas de nosso Pai Seta Branca, nossos Templos, nossas Estrelas. 
    Vamos nos preocupar com tudo que existe materialmente: uma lâmpada acesa desnecessariamente; os horários de nossos Sandays; nossos rituais; nossos uniformes; enfim, tudo o que se passa em volta de nós. 
    Um Sétimo Raio dispõe das forças que regem todo este Sistema Iniciático. São mestres preparados, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, para emitirem sua força em favor de qualquer trabalho sob o comando de um Adjunto Maior, podendo trabalhar na sua individualidade, realizando-se material e espiritualmente. São mestres prontos para qualquer evento, desde que disponham da força decrescente de um Ministro - o seu continente. 
    Depois desta Consagração podem utilizar seus conhecimentos e sua técnica, porque vivem a Unificação em Deus Pai Todo Poderoso. 
    É um Jaguar consciente das energias extra-etéricas, conduzindo, com amor, aos planos espirituais, toda a força manipulada naquele trabalho que necessitou da sua presença. 
    Um Adjunto é um Sétimo Raio de seu Ministro. Todos são Sétimos Raios, se conseguirem manipular sua força na conduta crística do amor, da humildade e da tolerância, formando seu quadro decrescente sem a preocupação de um determinado componente estar presente ou não, podendo estar em missão de outro Adjunto. 
    Um Sétimo Raio perfeito tem de conhecer, saber ser um Comandante, um Adjunto Koatay 108, um Trino Especial, um Cavaleiro Especial ou um Adjunto Trino. 
    Enfim, ter conhecimento e sabedoria, estar harmonizado com todos os mestres deste Amanhecer. Sua classificação é muito boa perante Jesus, pois é um mestre que recebe, pela sua emissão, muita energia, podendo fazer muito mais com a presença de seu continente - o Continente de Koatay 108!  
    Estando formada a equipe de trabalho de um Adjunto, ele pode dispor, a qualquer hora, dos poderes específicos de um mestre. Partem em missão especial, obedecendo às escalas do Primeiro Mestre Jaguar, Mestre Nestor, não se esquecendo, filhos, de que somos mestres ensinando mestres. 
    Procurem conhecer as forças que estão presentes, em nosso favor, desses Ministros de Deus. 
    Sendo nós um continente, vamos criar um conjunto de forças preciosas e formarmos nossa Unificação, em Cristo Jesus!” (Tia Neiva, 1.5.85)  

    A TROCA DE UM ADJUNTO

    Existem numerosos casos de componentes que entram em choque com seus Adjuntos, por motivos variados, que vão desde aspectos materiais até questionamentos sobre o comportamento moral ou a conduta doutrinária do Adjunto. 
    Essa é uma questão muito delicada, porquanto envolve uma série de ligações e ações transcendentais, devendo ser muito pesada na consciência e no coração do mestre. 
    Fala-se que um médium componente de um Adjunto, caso se mude para outra cidade onde exista um Templo do Amanhecer, é obrigado à troca de seu Adjunto. Da mesma forma, um médium que venha para o Templo Mãe teria que adotar novo Adjunto. Essa é uma questão muito relativa. Se o médium está satisfeito com seu Adjunto e, por qualquer motivo, tenha se mudado de cidade, ficando difícil participar nos trabalhos de seu Templo de origem, não fica obrigado à troca de Adjunto. A força decrescente de seu Ministro atua em qualquer lugar, pois o Plano Espiritual independe de tempo e espaço, que são limitações físicas. 
    A troca de Adjunto foi requerida para os padrinhos e madrinhas dos novos Arcanos, caso em que passariam a emitir no Ministro do novo Arcano. Nos demais casos, pode continuar emitindo em seu povo, mesmo distante, e pode estar certo de que receberá a força a que tem direito. 
    Dependendo do grau de incompatibilidade entre componente e Adjunto, é melhor que seja feita uma troca do que o médium deixar a Corrente. Em aula no Templo, em 19.7.81, Tia Neiva falou que a troca de Adjunto era livre, Porém, em 17.5.84, estabeleceu:
    •    “O teu sacerdócio é o teu Oráculo. 
    Quando entras para um Adjunto, tu depositas tua herança transcendental nas mãos de um Ministro, que passa a te reger. 
    Não deve ser tão fácil tomares daquele Ministro o que depositastes  e dar a outro Ministro. 
    Alguma coisa não fica bem naquela contagem. 
    O Ministro gastou muito contigo ou tu gastastes muito, confiado no teu Ministro. 
    Tu te esqueces; porém, o Ministro não! 
    Por isso eu digo sempre a  todos: venho de um mundo onde as razões se encontram. 
    Não temos erros! Existem muitas causas que podem levar a mudar de Adjunto. 
    Há os que não precisam, mas sofrem influências. 
    É preciso falar com o Coordenador dos Templos Externos, Gilberto Zelaya, meu filho, Trino Herdeiro Ajarã, e receba dele as explicações, e escute onde estão as causas. 
    Graças a Deus, foi uma das coisas boas que Deus colocou em meu caminho, porque ele tem a capacidade de ver os motivos pelos quais chegastes até mim. 
    Com carinho, Gilberto Zelaya, Trino Herdeiro Ajarã, tenho certeza que fará ao meu lado, numa harmonia mandada por Pai Seta Branca, tudo o que eu sempre preciso.”  
    (Tia Neiva, LEI DHARMAN OXINTO, 17.5.84)


    INVOCAÇÃO DO ADJUNTO KOATAY 108

    Ó, SENHOR, CRIADOR DE TODO O UNIVERSO!
    PROTEGEI-ME EM TEU BENDITO MANTO, MOSTRANDO-ME, SEMPRE, 
    O MAIS PURO E SANTO CAMINHO PARA CHEGAR ATÉ A TI!
    SENHOR, FAZE DESENCADEAR EM MIM 
    A FORÇA VERDADEIRA DOS HUMILDES...
    FAZE-ME FORTE JUNTO AOS FRACOS, 
    TOLERANTE E AFÁVEL JUNTO AOS AFLITOS E INCOMPREENDIDOS...
    RENÚNCIA, VERDADE E AMOR!
    E QUE MINHA BOCA E OS MEUS OUVIDOS SEJAM EMANADOS,
    ILUMINADOS DA TUA GRAÇA E DA TUA LUZ!...
    O SENHOR TEM O SEU TEMPLO EM MEU ÍNTIMO.
    NENHUM PODER É DEMASIADO AO PODER DINÂMICO DO MEU ESPÍRITO!
    O AMOR E A CHAMA BRANCA DA VIDA RESIDEM EM MIM!
    SALVE DEUS!
    (Tia Neiva, 5.5.78)

    OS NOVOS ARCANOS

    A partir do ano 2000 foram consagrados novos Arcanos, que eram Presidentes e Rama 2000, sendo que, em princípio, cem foram mestres que participavam efetivamente dos trabalhos, instrutores e cumpridores das escalas do 1º Mestre Jaguar, cuja consagração se deu em 21 de setembro, no Turigano. A consagração contemplou mestres como Adjuntos Trinos, o que significa o Arcano que não poderá formar povo, que se diferencia do Arauto porque ele já tem um Adjunto de origem. O Trino Ajarã consagrou, em Templos do Amanhecer, diversos outros Arcanos. Houve, em agosto de 2008, duas consagrações de Arcanos, uma feita pelo Trino Sumanã e pelo 1º Devas Mestre Barros, que fugiu totalmente ao espírito de uma verdadeira consagração, e que não foi reconhecida pelo Presidente da Ordem, Mestre Raul Zelaya; uma semana depois, com o ritual completo, com a presença de Pai Seta Branca e dos respectivos Ministros, foi feita outra consagração de Arcanos.


    HINO AOS ADJUNTOS (1º de maio de 1982)
    I                                        III
    Provamos que o amor nos transforma,                Magos do Evangelho por todo o Universo,
    Nos une, nos inspira, constrói                    Três colunas formando Raiz,
    Alertai, Adjuntos, para ver                        Trino Jaguar, Ramsés, Afro, Amon-Ra,
    Novo Sol nesta Terra amanhecer!...                Sol Tumuchy, Jaguar Arakém, Sol Curador!

    II                                        IV    
    Sob o ritmo de um povo de Deus,                Jaguar solitário decrescente,
    Nos encantos de um céu se fez,                    Raio de Sol, Raio Lunar,
    Mestre Sol Adjunto a vibrar,                        Ninfas do Vale do Amanhecer,
    Jaguares do velho mundo, se vê!                Padrinho, em Simiromba a brilhar!
    Padrinho, em Simiromba a brilhar!
    O Amanhecer de uma nova era
    Maria Cristina de Castro Martins, com copydesk e Revisão de Vicente Filgueira.
    Introdução: "Um Ponto Equidistante entre o Atlântico e o Pacífico"
    "Um índio descerá de uma estrela colorida brilhante de uma estrela que virá numa velocidade estonteante e pousará no coração do hemisfério sul na américa num claro instante depois de exterminada a última nação indígena e o espírito dos pássaros das fontes de água límpida mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias virá impávido que nem Muhammad ali virá que eu vi apaixonadamente como peri virá que eu vi tranquilo e infalível como Bruce Lee virá que eu vi o axé do afoxé dos filhos de Gandhi virá um índio preservado em pleno corpo físico em todo sólido todo gás todo líquido em átomos palavras alma cor em gesto em cheiro em sombra em luz em som magnífico num ponto eqüidistante entre o atlântico e o pacífico de objeto sim resplandecente descerá o índi e as coisas que eu sei que ele dirá fará não sei dizer assim de um modo explícito e aquilo que nesse momento se revelará aos povos surpreenderá a todos não por ser exótico mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto quando terá sido óbvio".


Conta Ana, menina criada pela Tia Neiva, hoje professora de escola pública, que o Vale sempre atraiu visitantes de todos os tipos: doentes em busca de cura, desesperados em busca de paz, curiosos, estudiosos, artistas, políticos, cantores e até compositores. 
Sentada na entrada da casa grande do Angical, morada da Tia Neiva quando encarnada, Ana recorda a visita de Caetano Veloso. Lembra que o cantor, rodeado de gente, pediu para ser recebido pela tia e que foi ali, naquele canto em que ela adorava ficar, que Caetano foi recebido. Conversou longo tempo, depois saiu e foi visitar o templo de pedra e que ficou tão emocionado com a imagem de Pai Seta Branca que compôs uma canção para o Vale: "Um Índio".
Na canção de Caetano, um índio descerá de uma estrela colorida brilhante e pousará no coração do hemisfério sul na América, num ponto eqüidistante entre o Atlântico e o Pacífico. Para os seguidores da doutrina do amanhecer, o índio é o Pai Seta Branca, cacique inca, mentor espiritual da Ta Neiva. A estrela colorida e brilhante é a estrela manhante, lugar onde vivem os espíritos mais evoluídos que descem ao Vale do Amanhecer para trabalhar incorporando nos médiuns com a finalidade de promoverem a cura do espírito. O coração do hemisfério sul da América, o ponto eqüidistante entre o Atlântico e o Pacífico, o centro do mundo, lugar predestinado para se encontrarem os que se preparam para a entrada do terceiro milênio é o próprio Vale do Amanhecer.
Na composição de Caetano Veloso, percebe-se que, no momento em que o índio descer, aquilo que se revelará aos povos, surpreenderá a todos pelo fato de poder ter sempre estado oculto quando terá sido o óbvio. Para os moradores do Vale do Amanhecer, o tempo se divide em ciclos milenares e a fundação e o encerramento de cada milênio está a cargo da intervenção direta de um personagem sagrado. No caso do milênio em que estamos vivendo, o responsável é o índio Pai Seta Branca que descerá e encerrará o milênio, levando todos os seguidores da doutrina do amanhecer para o Astral Superior, onde não mais encarnarão. Assim, com a evolução dos espíritos, tudo que antes parecia pertencer ao ocultismo, nada mais será do que o óbvio.
A canção de Caetano põe em evidência o personagem central mais sagrado da doutrina do amanhecer, o cacique inca Pai Seta Branca, cuja imagem está sentada no centro do templo de pedra, impávido, tranqüilo e infalível, preservado em pleno corpo físico, a esperar a entrada da nova era. A canção de Caetano também serve para suscitar questões do tipo: que estranha doutrina seria esta que teria como personagem central um cacique inca? Quem seria esse tal Pai Seta Branca? Como a doutrina teria se formado? De que maneira estariam estruturados seus rituais? Qual sua concepção de tempo e que importância teria a passagem do milênio e a entrada da nova era? Qual sua concepção de espaço e como os rituais se organizariam no espaço? E por que teria sido escolhido o Vale como lugar predestinado?
No intuito de ensaiar uma resposta para as questões acima mencionadas, o trabalho se estrutura em cinco partes: na primeira parte - Introdução: "um ponto eqüidistante entre o Atlântico e o Pacífico", apresenta-se, a partir da leitura de um compositor de música popular brasileira, o tema da doutrina do amanhecer, com seu personagem sagrado principal, cacique Seta Branca, com seu centro espacial situado entre os dois oceanos, o Vale do Amanhecer. Levntam-se ainda as principais questões que serão tratadas ao longo do texto. Na segunda parte - Vale do Amanhecer: localização e contexto histórico - reconstrói-se, em rápidas pinceladas, o contexto histórico da fundação da doutrina por meio da reconstrução da história da fundadora do Vale, Neiva Chaves Zelaya, a Tia Neiva. Apresenta-se ainda a localização e estrutura de funcionamento do lugar.
Na terceira parte - O amanhecer de uma nova era: doutrina e concepção do tempo - descreve-se a doutrina, suas entidades, seus rituais e sua concepção de tempo em ciclos milenares, que se fundam e se encerram. Mostra-se como a partir da "colagem" de outras religiões, em especial, da umbanda, catolicismo e espiritismo kardecista, cria-se uma doutrina original. Procura-se ainda entender como o messianismo e o milenarismo são enfocados pela doutrina. Na quarta parte - A simbiose espaço-ritos: uma análise do espaço sagrado e simbólico - descreve-se inicialmente os espaços sagrados e profanos e, em seguida, procura-se compreender a concepção de espaço sagrado da doutrina, a partir da relação de simbiose existente entre os rituais e o espaço sagrado. A quinta e última parte é dedicada a conclusão.
  1. VALE DO AMANHECER: LOCALIZAÇÃO E CONTEXTO HISTÓRICO
Considerado o maior fenômeno do sincretismo religioso brasileiro, o Vale do Amanhecer integra cultos do catolicismo, do espiritismo kardecista e de religiões afro-brasileiras, e possui entidades indígenas, astecas, maias, incas, ciganas, egípcias, gregas e até mesmo extraterrestres. Antes, porém, de entrar no tema propriamente dito da doutrina, de seus rituais e de suas concepções de tempo e de espaço, e com a finalidade de melhor compreender sua doutrina original, seria conveniente localizá-lo em seu espaço geográfico e contextualizá-lo historicamente.
Pequena comunidade que tem como princípio a doutrina fundada pela médium clarividente Tia Neiva, o Vale do Amanhecer localiza-se no quilômetro 10 da rodovia DF-15, a aproximadamente cinco quilômetros de Planaltina e quarenta de Brasília. O caminho de acesso mais fácil que liga Brasília ao Vale é pela BR-020, rodovia que liga Brasília a Fortaleza. Como seus próprios membros fazem questão de enfatizar, a localidade possui boa estrutura de atendimento gratuito para o público em geral bem como "cursos" de desenvolvimento dos médiuns e daqueles que se interessam em seguir os princípios do amanhecer. Todos os dias, das dez da manhã às dez da noite com plantões noturnos para casos de emergência, os médiuns estão sempre prontos a atenderem aos mais necessitados, sejam eles encarnados ou desencarnados, por meio de seus rituais e seus trabalhos mediúnico, iniciático, coletivo ou individual.
A história do Vale do Amanhecer está intimamente ligada à história da vida de sua fundadora, Neiva Zelaya Chaves, ou Tia Neiva, como a conhecem seus adeptos. Nascida em Propriá, Sergipe, em 30 de outubro de 1925, Tia Neiva ficou viúva aos 24 anos de idade. Com quatro filhos menores para criar, Tia Neiva trabalhou como fotógrafa e em seguida tornou-se a primeira mulher a se profissionalizar como motorista de caminhão. Como tantos nordestinos de sua época, veio para Brasília em 1957, com a finalidade de trabalhar na construção da capital, utilizando seus caminhões para carregar candangos. É durante a construção da capital federal que sua história de vida se modifica: de mulher simples e batalhadora, Tia Neiva, a partir de 1958, começa a receber as manifestações mediúnicas que transformaram o curso de vida.
Seus seguidores costumam, em vez de mencionar o ano de 1958, enfatizar a idade de Tia Neiva, 33 anos, idade da morte de Cristo, idade em que a vida de Tia Neiva começa a mudar: "por volta dos 33 anos de idade, já mãe de quatro filhos, foi surpreendida por visões de pessoas que já haviam morrido, e de espíritos que se apresentaram em roupagens simples de pretos velhos, índios, como amigos do espaço, esclarecendo e ensinando a médium, ao mesmo tempo em que a conscientizavam de que à ela Jesus confiou a missão de trazer ao mundo o exemplo do homem do III milênio, na figura simples e dinâmica do Doutrinador . No início, Tia Neiva percorreu muitos templos e igrejas, foi internada em sanatórios, buscando uma resposta para sua "loucura", já que não compreendia a finalidade daquelas visões. Com muito amor e tolerância, a espiritualidade tornou aquela mulher simples e batalhadora naquela que veio a ser um dos poucos exemplos de fé, amor incondicional e força, que o mundo já viu." (In: site do Vale do Amanhecer).
No ano de 1959, Tia Neiva, juntamente com D. Nenê, fundou a União Espiritualista Seta Branca (UESB), no Núcleo Bandeirante, com a finalidade de praticar o espiritismo e a caridade. No nome da própria UESB, já se percebe a importância do Pai Seta Branca como mentor espiritual da médium. Ainda em 59, após receber ordens espirituais para se mudar para a em zona rural, Tia Neiva transfere-se para a Serra do Ouro, quilômetro 73 da rodovia Brasília-Anápolis, em Alexânia. Ali funda uma pequena comunidade. Cinco anos depois da criação da UESB, Tia Neiva separa-se de D. Nenê: Tia Neiva e seus seguidores transferiram-se para Taguatinga enquanto Nenê muda-se para Goiânia. Em 1969, novamente recebendo "ordens espirituais de entidades superiores" com a finalidade de fundar nova comunidade rural, Tia Neiva e seu grupo mudam para a Fazenda Mestre D'Armas, que havia sido desapropriada em 1948 pelo Governo. Neste lugar será fundado o Vale do Amanhecer. No Vale, Tia Neiva lidera uma comunidade, desenvolve sua própria doutrina e em função dos rituais, constrói os templos até hoje existentes. Morreu em 1985, ou como preferem seus seguidores: "Tia Neiva desencarnou em 1985, deixando uma rica herança de ensinamentos".
Tendo em mente a história de Tia Neiva, pode-se, então, dividir a história do Vale em quatro fases distintas: a primeira, já descrita acima, vai de 1959 a 1969, é considerada a fase "migrante" do Vale, uma vez que a doutrina e a comunidade já existiam mas não possuíam ainda sítio definitivo. A segunda, a fase de pequena comunidade liderada por sua fundadora, vai de 1969 a 1985, ou seja, do período da instalação do Vale do Amanhecer à morte de Tia Neiva. É durante esta fase que a doutrina do amanhecer recebe acréscimos e modificações em seus rituais e em suas entidades. Também é nesta fase que, por meio de orientações recebidas por Yia Neiva dos planos espirituais mais elevados, são construídos os templos e os locais sagrados existentes hoje no Vale do Amanhecer. A terceira fase compreende o período de 1985 a 1992, momento a partir do qual, devido à morte de Tia Neiva, o Vale do Amanhecer vem a ser dirigido pelos trinos. Nesta fase, a doutrina e zona sagrada sofrem o processo de "estabilização", ou seja, doutrina, rituais e região sagrada passam a ter exatamente a mesma face que possuem até os dias de hoje. Os seguidores seguem de perto os ensinamentos de sua criadora, procurando manter-se como uma comunidade religiosa.
Em 1992, devido a uma disputa interna entre os trinos, tem início a quarta fase, estendendo-se até os dias de hoje. Mário Sassi, viúvo de Tia Neiva, um dos trinos e líder "racional" da comunidade acusa os filhos da Clarividente de permitirem e patrocinarem a mercantilização das propostas espirituais do Vale do Amanhecer, comportando-se, não como herdeiros espirituais mas como herdeiros materiais, ou seja, como herdeiros da fazenda, dispostos a dividirem e revenderem em lotes o terreno do Vale. Indignado, o líder Mário Sassi retira-se do Vale para Sobradinho, onde funda a Ordem Universal dos Grandes Iniciados. O Vale, que até então, por ordem da clarividente, só podia receber moradores pertencentes à seita, começa a ser loteado e a receber aqueles que melhor possam pagar pelos lotes. Em conseqüência dessa atitude, o que antes se constituía uma comunidade religiosa, passa a ser minoria na região. À exceção de sua zona sagrada, destinada aos templos e rituais, a face do Vale se modifica e passa a adquirir feições de uma cidade satélite como outra qualquer das cercanias de Brasília, com todos os problemas característicos de tais cidades-satélite, tais como o crescimento populacional desenfreado e o incremento da violência urbana.
De fato, estes problemas não existiam antes da morte de Tia Neiva, em 1985. Por meio do que se poderia denominar uma "política urbana" própria, Tia Neiva controlava e contornava firmemente todos estes problemas: com a finalidade de evitar o crescimento populacional, procurava restringir a doação de lotes somente para seguidores; para evitar a mercantilização das terras, doava em vez de vender os lotes; com o fito de evitar o aparecimento de violência urbana, procurava selecionar a entrada dos que iriam habitar no Vale e proibia a venda de álcool e drogas na localidade; para manter uma identidade visual própria da comunidade, permitia apenas que fossem construídas casas de madeira, semelhantes às casas dos candangos do tempo em que veio para a construção de Brasília.
De maneira a dar uma idéia do rápido e acelerado crescimento populacional do Vale do Amanhecer, é só comparar os poucos dados estatísticos existentes: em 1976, 256 habitantes (fonte: tese de Galinkin); em 1986, 3500 habitantes (fonte: livro de Dioclécio Luz); em 1991, cerca de 8000 habitantes (fonte: Jornal de Brasília de 2/05/91); em 1999, aproximadamente 22000 habitantes (fonte: informante do Vale do Amanhecer). Este último dado, referente a 1999, é uma cifra estimativa baseado em informações colhidas no Vale do Amanhecer, e pode não corresponder exatamente à realidade. De fato, não há dados oficiais na Codeplan, na qual podem ser encontrados levantamentos de cidades-satélites, mas onde não há dados sobre o Vale do Amanhecer.
  1. O AMANHECER DE UMA NOVA ERA: DOUTRINA E CONCEPÇÃO DO TEMPO
Salta aos olhos o caráter sincrético da doutrina do amanhecer. Da definição da doutrina apresentada no site oficial do Vale, depreende-se as linhas diretrizes que compõe este sincretismo: "a doutrina do amanhecer é uma ordem espiritualista cristã, que traduz heranças transcendentais de vários povos antigos - egípcios, gregos, romanos, maias, incas, nagôs, ciganos - com uma cultura original, trazida por Pai Seta Branca - cacique inca, que viveu na sua tribo, nas imediações da fronteira da Bolívia com o Peru, na época da conquista espanhola."
Do texto do site oficial, pode-se claramente depreender que a doutrina entrelaça as concepções do cristianismo e espiritismo ao se apresentar como ordem espiritualista e cristã. Tomando como ponto de partida as concepções de reencarnação e da existência de vidas passadas, presentes no espiritismo, a doutrina "herda" os compromissos adquiridos em vidas passadas dos diversos povos citados acima, desde os egípcios até os ciganos. Por meio dessa herança, mistura-se entidades de diversos povos e suas concepções religiosas. Assim, no panteão de entidades sagradas presentes na doutrina do amanhecer, estão presentes entidades do cristianismo, como Jesus Cristo e São Francisco, entidades do espiritismo, os famosos Dr. Fritz e Dr. Ralf, médicos alemães que viveram durante a Segunda Guerra Mundial e que se dedicam à cura dos menos favorecidos, entidades da umbanda em figura de pretos velhos como Pai João e Pai José Pedro, entidades de diversas civilizações antigas, como os maias, incas, egípcios, entre outros.
É interessante perceber que, nesse panteão de entidades, existe, além das entidades presentes em outras religiões, um entrelaçamento de entidades de distintas procedências, como é o caso do cacique inca Pai Seta Branca, figura de destaque no panteão sagrado. Para os seguidores da doutrina, Pai Seta Branca, de procedência inca, é a reencarnação do santo da igreja católica, São Francisco de Assis: "porque meu Pai Seta Branca, a origem dele, a última origem dele, a encarnação, a última encarnação do Pai Seta Branca foi perto do lago Titicaca, na Bolívia. Cacique indígena. E ele quis ser reconhecido assim, erguendo sua seta branca. Os bolivianos vieram aqui e sentiram uma relação muito íntima com a nossa doutrina. Digamos que eles são os primeiros a receber a energia que Pai Seta Branca passa para nós. Pai Seta Branca também foi São Francisco de Assis. Em várias encarnações que ele teve, uma delas foi São Francisco de Assis. E depois como cacique na Bolívia. Aí ele cumpriu sua missão cármica." (texto de entrevista com seguidor da doutrina do Amanhecer).
Esse sincretismo é percebido também nos símbolos: há símbolos que migram das mais diversas civilizações. O símbolo oficial do Vale do Amanhecer é a elipse: "Você vê ali a elipse, ela simboliza a cura e o conhecimento, a técnica de salvação de nosso Senhor Jesus Cristo. O amarelo é a ciência e o lilás é a fé. A fé e a ciência interligadas nesta passagem para o terceiro milênio na confirmação da técnica de salvação de Nosso Senhor Jesus Cristo, a doutrina que ele deixou para o amanhecer. Para nós, a elipse será o novo símbolo que substituirá a cruz. Não teremos mais a cruz simbolizando o sofrimento, um passo na evolução. O simbolismo da elipse serão as energias diretas, energias subindo e energias descendo." (texto de entrevista)
A cruz do catolicismo também está presente no Vale, mas como símbolo de sofrimento que deverá ser substituído pela elipse, na nova era, quando já não haverá mais sofrimento. Diversos outros símbolos de outras civilizações também se encontram presentes como a lua e o sol, das civilizações maias, incas e astecas; ou a estrela de David, símbolo de origem judaica, "estrela que segura muito as energias digamos negativas que vêm, entram em nosso portão; o primeiro impacto que recebem é a estrela, essa pequena estrela e depois passa para o templo já mais feito aquele trabalho, digamos, de limpeza; a estrela seria uma limpeza dessa energia dos espíritos sofredores que vão chegando recebem o impacto dessa estrela".(entrevista)
Esse caráter sincrético também pode ser observado ao relacionar a doutrina com a umbanda ou o espiritismo kardecista. Na conclusão de sua tese de mestrado, "A Cura no Vale do Amanhecer", Ana Lúcia Galinkin chama a atenção do leitor para este caráter de sincretismo. A autora toma emprestado o conceito de "bricolage" elaborado por Lévi-Strauss, para mostrar como a doutrina do amanhecer trabalha com o processo de "colagem" de elementos de outros contextos religiosos, dispostos de forma a estruturar um novo arranjo. Relaciona, portanto, elementos significativos oriundos do domínio religioso da Umbanda presentes na doutrina do amanhecer tais como o emprego de código semelhante de expressão corporal (postura, gestos e falas que identificam os pretos velhos e os caboclos); hierarquização das 'entidades'; grande criatividade mítica e litúrgica; entidades tutelares para cada adepto; emprego da mesma técnica de passes; e utilização do procedimento de consulta. Do espiritismo kardecista, relaciona, como elemento semelhante, a utilização da linguagem científica para explicação dos fenômenos religiosos.
Quanto aos elementos que se encontram presentes, ao mesmo tempo, na Umbanda e no Espiritismo, e que foram 'colados' à doutrina do amanhecer, Galinkin apresenta o dogma da mediunidade; o dogma da evolução espiritual, a lei do Karma; a teoria dos "fluidos" para a cura e a purificação; a proposição da cura como objetivo da religião; a concepção maniqueísta onde bem e mal se fazem representar por duas ordens de entidades; o ideal eclético enquanto projeto de combinar elementos religiosos de credos diferentes; a realização de exorcismo como faculdade de médiuns; a adesão à tese de "livre arbítrio" e a utilização de uma imagem para a representação do espírito.
Além do caráter sincrético da doutrina, um outro elemento importante de ser analisado é a concepção de tempo. Para os adeptos, a Terra é um planeta de expiação, que está situado entre o astral superior e os mundos inferiores. Para o Astral Superior irão os adeptos da doutrina após o seu próximo "desencarne", que deverá ser o último e que deverá coincidir com o encerramento deste milênio. Os adeptos concebem, pois, o tempo histórico como se fosse dividido em ciclos milenares e o fechamento de cada milênio ocorre por meio da intervenção direta de um personagem sagrado. No caso específico do milênio que está em vias de se encerrar, o responsável será o cacique Pai Seta Branca. "Foi o Pai Seta Branca quem trouxe o Jaguar (= aquele médium que doutrina os espíritos) para cumprir essa missão doutrinária evangélica para ajudar o homem nessa passagem para o terceiro milênio, a nova era." (entrevista)
"Por que o jaguar(= médium que doutrina os espíritos) chegou só agora se a humanidade está sofrendo há tanto tempo? O ciclo evolutivo da humanidade é de mil em mil anos, e num tem porque você vir nesse intervalo. É sempre na passagem de um ciclo evolutivo para o outro que a humanidade vai sofrer mais. Tá fechando o seu círculo agora. Aqui vai ser todo o resgate da humanidade. Tudo que ela tem de bom e de ruim vai ser pesado. Isto está na própria Bíblia. Esse ciclo está fechando. Não é de hoje para amanhã, não é de um mês para o outro, digamos que este ciclo se fecha em torno de um século. Estamos vivendo este fechamento. Por isso essas guerras estão chegando, essas contendas, muita coisa que a gente não ouvia falar, está acontecendo. Mas não é o fim. É só uma transformação."
É dentro deste quadro do momento presente em que o ciclo se fecha e em que o Seta Branca virá que se pode perceber o caráter milenarista e messiânico do movimento. É interessante notar que a figura principal é o Pai Seta Branca, que tendo cumprido sua missão cármica como cacique inca, retorna apenas para fechar o ciclo e recolher seus jaguares. Neste caso, a figura de Cristo é conservada, mas torna-se o que Mircea Eliade denominou de "Deus Ocioso".
Por fim, cabe ainda fazer uma breve menção a uma outra característica da doutrina do Vale do Amanhecer: o caráter pacifista do movimento, que já está presente na própria história do líder, o cacique inca Pai Seta Branca, conforme é relatado por um dos entrevistados. "E um grande conflito entre os espanhóis e os índios daquela região, eles foram buscar ajuda na aldeia do Pai Seta Branca. O cacique Seta Branca reuniu seus índios contra os espanhóis que queriam tomar aquela região. Poucos índios, uns trezentos, contra mais de dois mil espanhóis. Aí ele viu que não tinha muita chance, aí ele subiu ao morro, e de lá ergueu a sua lança branca e pediu as forças, as energias necessárias para apaziguar aquele povo, que os espanhóis não precisavam invadir aquela região através daquela conquista material, a região era tão grande e tinha terra para todos, que os índios poderiam ficar na sua região."
"Não precisava haver aquela guerra, aquela dizimação, que trouxesse a paz. Enquanto ele falava, todos ouviam e um cavalo, quedou-se e seu cavaleiro caiu ao chão. Com isso todos ficaram abismados e foram descendo de seus cavalos e saíram caminhando e deram meia volta e foram embora. Não houve aquela guerra que todo mundo esperava. E assim ele conseguiu criar a igreja no coração do homem, a mensagem de Deus, paz e harmonia, que ele realmente precisava fazer quando era São Francisco de Assis. E assim ele cumpriu a sua missão cármica e foi reconhecido como grande cacique seta Branca. E aí ele foi para os planos espirituais mais elevados, junto com Nosso Senhor Jesus Cristo, e daí trouxe o jaguar para cumprir essa missão.
  1. A SIMBIOSE ESPAÇO-RITOS: UMA ANÁLISE DO ESPAÇO SAGRADO E SIMBÓLICO
Em termos de forma espacial, o Vale está dividido em duas partes: uma sagrada e outra profana. Em vez de dar prosseguimento ao longo processo de secularização do espaço urbano que se desenvolve no Ocidente, no Vale do Amanhecer a forma espacial se aproxima "de uma visão do espaço urbano condicionada pela religião, pelo sagrado, por práticas e representações sociais que por sua vez está em conformidade com uma determinada concepção do mundo." ((Harouel, 1990: 9) Aquilo que se verifica na doutrina, se materializa na forma espacial, existindo estreita simbiose entre o espaço físico sagrado e os rituais. Assim, do mesmo modo que a doutrina traz heranças religiosas de povos do passado, a forma espacial materializa essa herança por meio da construção de símbolos espaciais próprios de outros povos: pirâmides (povo egípcio), cachoeira de mãe Iara (povo indígena), lago das princesas filhas de pretos velhos (povo negro), o jaguar, a lua e o sol no templo de pedra e no portal (povo maia), o turigano (povo romano), entre outros.
As áreas sagrada e profana estão claramente delimitadas. Em certos pontos, existe inclusive muros delimitando as duas áreas. Roger Caillois, no livro "O Homem e o Sagrado", explica que esta separação é necessária uma vez que o sagrado não deve ser contaminado pelo profano, pois a presença do profano degrada e arruina, destrói a bênção divina. Retira-se do lugar sagrado tudo o que pertence ao mundo profano para que o sagrado não perca sua eficácia.
O isolamento da área profana só fez aumentar com a morte de Tia Neiva e com o processo de especulação imobiliária iniciado por seus herdeiros. Hoje, as duas áreas são visivelmente distintas: a área sagrada, com seus templos, lagos, imagens, áreas de apoio com livrarias, locais para lanches e venda de material religioso, parece uma vitrine, sempre pintada, organizada e bonita, a esperar seus pacientes. A área profana, com suas ruas de areia, sem pavimentação (à exceção da rua principal que corta o Vale e por onde circulam os ônibus), com sua divisão em conjuntos residenciais, com seu traçado em malha xadrez, com seus problemas de esgoto, de violência urbana, em nada difere de uma cidade satélite comum, como Planaltina, de quem está próxima.
Como teoriza Mircea Eliade em seu livro "O Sagrado e o Profano", a área sagrada do Vale se comporta como um centro do mundo. Como centro em dois sentidos: no primeiro, é o centro de convergência, para onde os adeptos se dirigem em festas como a do dia do doutrinador, realizada no dia primeiro de maio, todos os anos. Nesta festa de consagração do médium doutrinador, dirigem-se ao Vale adeptos de mais de 250 templos externos, que são templos do Vale do Amanhecer em todas as partes do país, e que somam 450 000 seguidores da doutrina do amanhecer. No segundo sentido, o Vale é um centro pois nele se realiza a ruptura de níveis apresentada por Eliade: "uma abertura para o alto (o mundo divino) ou para baixo (regiões inferiores, o mundo dos mortos). Os três níveis cósmicos - Terra, Céu e regiões inferiores - passam a se comunicar." (Eliad, 1965: 34) No Vale, os espíritos dos mundos inferiores são trazidos pelos médiuns e encaminhados para mundos melhores para a sua recuperação. O espaço físico do Vale comporta-se como uma porta de comunicação entre mundos inferiores e superiores.
Vejamos o exemplo do ritual da estrela candente: "A estrela candente é um trabalho altamente desobsessivo. São trazidas energias pelos planos espirituais para a cura daqueles espíritos que não tem condições de incorporar. Um chefe de falange negativa é trazido num esquife, o simbolismo de um esquife, você tem 108 esquifes na estrela candente, digamos caixões, o simbolismo de um caixão, aí ele é trazido naquela pedra bruta e ali ele é doutrinado, recebe as energias que os médiuns vão manipular." Na estrela candente, está desenhada uma estrela de David com 108 esquifes de cimento em seu perímetro e no centro a elipse. Os aparás (incorporadores) deitam-se nos esquifes e trazem espíritos dos mundos inferiores. Em seguida, eles são doutrinados e encaminhados a mundos melhores. É a ligação entre os três níveis de que fala Eliade.
Nesse universo de circulação de energias entre os mundos inferiores e superiores, a forma predominante é a elipse. A elipse, como já foi mencionado acima, é a forma da circulação da energia: energias que sobem e descem. Essa forma é utilizada em quase todos os templos do Vale do Amanhecer: no templo de pedra, na estrela de Neru, no Turigano. É também adotado no lago das princesas. O formato da elipse não é apenas um elemento meramente plástico do espaço; ele é um organizador dos rituais. Nas igrejas católicas, a planta é unidirecional, possui eixo longitudinal, a lembrar que o caminho do homem segue uma única direção rumo ao divino. No templo de pedra, elipsoidal, os trabalhos seguem a ordem de uma elipse: entram pelo lado esquerdo, passam pelos tronos, pela cura, pela junção, pela indunção e pela linha de passe e saem pelo lado direito. Entram com a energia negativa, vão pegando a energia positiva e saem com energia positiva. "As energias correm no sentido horário."
Por fim, para dar uma idéia concreta da forma da cidade, descrevo o percurso da área sagrada: ao entrar na cidade atravessa-se um portal e entra-se na área sagrada, com seus templos -templo de Pedra, Turigano e Estrela de Neru, com a estrela de David, a elipse e a imagem de Cristo, com sua área de apoio, com a Casa Grande de Tia Neiva e sua estátua na praça. Em seguida, atravessa-se uma pequena rua de comércio do sagrado e entra-se na zona profana, em direção ao Solar dos Médiuns. Nesta área, existe o Lago das Princesas, o Oráculo, a Cachoeira de Mãe Iara, a Pirâmide, a Estrela Candente, a seta de Mãe Iemanjá e área de apoio.





Todos os anos, nas últimas horas do dia 31 de dezembro, Pai Seta Branca dá sua mensagem de fim de ano. São enviadas mensagens do tipo: "Cuidado com o padrão vibratório. Nada de mal acontecerá a vocês, pois jamais deixarei que toquem sequer num fio de cabelo de um filho meu!" "Este ano, para o nosso país, será muito difícil. Mas tudo passará! Tudo passará com a bênção do Meu Irmão, Nosso Senhor Jesus Cristo." "Mas do que nunca estejam preparados para o socorro final".Com essas mensagens, Pai Seta Branca adverte e encoraja os filhos e dá continuidade à doutrina trazida para a Terra por Tia Neiva. Desta forma, a doutrina se perpetua e adeptos continuam a chegar e a participar de seus rituais.
Com a proximidade do fim do milênio, fica no ar a pergunta: quando finalmente o índio descerá? Que caminhos seus adeptos seguirão? A doutrina persistirá?

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